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domingo, 24 de maio de 2009

AVENGED SEVENFOLD (a.k.a. A7X)-Repost & Atualização


Se já os considerava -com a System Of A Down- um dos expoentes do heavy atual, depois de assistir o dvd 'Live At The LBC'(2008), e com a sentida -por mim, ao menos- pausa(?) da banda de Tankian, Malakian, Odadjian & Dolmayan, pode-se afirmar que a Avenged Sevenfold está dominando a cena. É uma verdadeira pancada o som desses moleques, todos instrumentistas irrepreensíveis e muitíssimo à vontade no palco. É claro que, por conter apenas 12 músicas em pouco mais de 80 minutos, muita coisa boa ficou de fora -por mim, poderiam tocar o 'City Of Evil' e o white album na íntegra- mas toda a concepção do show é perfeita e o som está com a pressão que o gênero merece. E antes que alguns 'tios' apareçam e, apenas mirando o visual de alguns integrantes, venham com o papo de que 'é tudo emo', devo lembrá-los que nossos pais, mesmo que utilizando outros termos menos publicáveis, nos diziam o mesmo a respeito de Alice Cooper, Marc Bolan, The Sweet, Kiss e Slade, só para citar alguns, todos ícones de nossa geração. Nossos pais perderam o bonde da história. Desejas o mesmo destino para você? Ah, e o que dizer das bandas de hair metal dos '80 que gastavam mais dinheiro com laquê, camisas de seda e calças de couro dois números abaixo que com palhetas e encordoamentos? Mas neste caso o som...uhn...digamos que algumas até tenham se saído bem.
O que a A7X faz, e este show deixa bem claro, é um rock cada vez mais arraigado no metal de boa cepa, ora extremamente acelerado, até mais
hardcore, ora mais cadenciado, ora com influências prog, mas sempre heavy e contando até com os clássicos fraseados de guitarras terçando vozes. É o oposto da anarquia, mas de desdobramentos extremamente bem calculados, da SOAD.
Completando o pacote, 'Diamonds In The Rough'(2008), uma compilação encartada no dvd e constituída de excelentes b-sides, outtakes e covers -'Walk' (Pantera) e 'Flash Of The Blade' (Iron Maiden)- registrados ao longo dos 10 anos de vida da banda. Agora, é esperar pelo ábum de inéditas prometido para ainda este ano.
Mas me digam se
Zacky não está os cornos de Pete Townshend nos '60, fase mod.


DVD
By Ultimate Warez

CD



E fechando a tampa, um tributo bem divertido e gostoso de ouvir que encontrei lá no Post-Hardcore N' Such




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Originalmente postado em 08.05.2008.

Neste dia, às 21:24 h e há exatos 13 anos, minha vida mudaria por completo. Naquele momento me senti a pessoa mais importante do mundo, um semideus, senhor de todas as certezas. É que nascia, devidamente documentado por mim em VHS e fotos, a coisa mais preciosa de toda a minha existência: Rodrigo, um tesouro ao qual não se pode mensurar valor.
E esse post é totalmente dedicado ao meu 'headbanger-já não tão mirim' pois trata-se de uma de suas bandas prediletas e, como quase todas, devidamente aplicada por mim.
Sorte dele ter um pai roquenrou e sorte muito maior ainda a minha de ter como melhor amigo meu próprio filho.

Meu cracão de bola,


TE AMO PRACARALHOABEÇAPUTAQUEOPARIUPORRA!!!!




A Avenged Sevenfold -o nome faz alusão à passagem bíblica do Genesis referente a Caim e Abel- é uma excelente banda heavy natural da Califórnia que iniciou suas atividades em 99 quando os desajustados e ainda adolescentes Matthew Sanders (a.k.a. M. Shadows/vocais, guitarra, teclados) e Zackary Baker (a.k.a. Zacky Vengeance/guitarra, piano, vocais) decidiram formatar um novo trabalho a partir de suas experiências em bandas de hardcore da região. Convocam, então, Matt Wendt (baixo) e o monstro das baquetas James Sullivan (a.k.a. The Rev) e passam a se apresentar constantemente no circuito de Huntington Beach, onde arrebanham um séquito impressionante devido às performances explosivas, excelentes composições e ao virtuosismo de seus músicos em um gênero pouco afeito a isso, apesar de muitos discordarem: o metalcore. Geralmente, os músicos deste estilo acreditam que tocam muito quando, na verdade, apenas disputam para determinar quem toca mais rápido. Ao vivo, costumam se embaralhar e atropelar tudo que lhes aparece à frente, em especial a própria música que estão executando. Bem, mas isso é papo pra muito gelol e bolinho de bacalhau.
Gravada a primeira demo, foram logo contratados por uma pequena gravadora independente e, já com Justin Sane (provavelmente, também um codinome) no baixo, lançaram 'Sounding The Seventh Trumpet' em 2001, causando um tremendo alvoroço e arrebanhando prêmios diversos de banda revelação. Mas todos sentiam que algo estava faltando. É quando conhecem Brian Haner, Jr. (a.k.a. Synyster Gates/guitarras, piano, vocais) com apenas 18 anos de idade como os demais e já um fantástico músico do estilo shredder -desde os 13 coleciona títulos na categoria-, impressionando-os de tal maneira que regravam 'To End The Rapture' -primeira faixa de 'Sounding...'- e relançam o álbum com esta nova versão. Vocês devem estar estranhando o fato de estar falando tão bem de um guitarrista de um estilo onde raramente vejo qualidades mas, rendo-me, a verdade é que o cara é 'O' cara pois não usa a velocidade para desperdiçar notas. Seus solos são fluidos, pertinentes e extremamente bem encaixados no contexto dos arranjos. Será influência de seu pai, também guitarrista e que, inclusive, participa de várias faixas em todos os discos da banda?
Chega o ano de 2003 e com ele mais uma mudança, desta vez com Jonathan Seward (a.k.a. Johnny Christ) para o baixo. É apenas mais uma alteração visando novas alternativas para seu som, já menos core e cada vez mais metal. E, assim, lançam 'Waking The Fallen', menos acelerado e com um requinte inédito no gênero, apesar de ainda manter os urros de Shadows em algumas faixas. Resultado: críticas fantásticas, até mesmo da (hoje) mainstream Rolling Stone, e eleito um dos melhores álbuns de metalcore de todos os tempos.
A essa altura, meus caros amigos do G&B devem estar pensando que enlouqueci, correto? Nada disso! Tudo isto foi só para contextualizá-los e demonstrar a evolução de uma excelente banda formada ainda na adolescência por já talentosos músicos em um estilo do qual não sou adepto, diga-se de passagem, mas que tornou-se imprescindível para dar-lhes um diferencial em relação às demais bandas heavy. Outro ponto fundamental são as excelentes letras de Shadows, sempre oscilando entre temas históricos, bíblicos e de cunho social e político. Mas sempre com muito humor.
Passam-se mais dois anos e lançam o seu pulo do gato: 'City Of Evil', primeiro trabalho por uma major. Neste álbum, finalmente, formatam sua sonoridade com a ajuda do excelente produtor Mudrock, que já havia promovido algumas mudanças em 'Waking The Fallen'. Agora, livres por completo dos vocais guturais, a A7X -abreviação criada por Zacky- demonstra todo seu virtuosismo e abre um leque enorme de influências indo do heavy clássico de Judas Priest e Iron Maiden ao prog, perfeitamente representados por excelentes e grandiosos arranjos de orquestra, belos fraseados de violão (sempre a cargo de papai Brian Haner, Sr.) e um uso maior de teclados, mas sempre com muita propriedade. Tudo isso sem abandonar completamente a influência da urgência do hardcore californiano. Um petardo perfeito em todos os sentidos e que ainda conseguiu a proeza de transformar o riff de 'Beast And The Harlot' em um chiclete só possível de extrair da mente de quem o escuta através de lobotomia. E o que dizer do hit 'Bat Country'?
Achavam que não conseguiriam fazer nada melhor? Completo engano! Em 2006 trancam-se em estúdio novamente com Mudrock, agora co-produzindo com a banda, e lançam em 2007 um novo trabalho simplesmente denominado 'Avenged Sevenfold', como que a indicar um marco zero na carreira da banda. É verdade que as sementes dessa dessa bela obra já vinham sendo plantadas desde 'Waking The Fallen' e potencializadas em 'City Of Evil', mas não se poderia prever um resultado tão genial. Ouso afirmar, até mesmo em alusão à cor da capa, que este é o seu 'White Album'. Se não acreditam, atraquem-se a faixas como 'Critical Acclaim', 'Gunslinger' (uma clássica introdução bluesy acústica executada com bottleneck desembocando em pauleira pura), 'Unbound' (com um inesperado vocal infantil), 'Lost', 'Dear God' (belíssima!) e aquela que tornou-se seu tour de force: a teatral e multifacetada 'A Little Piece Of Heaven', 8:00 min de um já clássico do rock com arranjos de orquestra, sopros e coro a cargo de ninguém menos que Steve Bartek, arranjador de todos os trabalhos de Danny Elfmann, seu companheiro de Oingo-Boingo e um dos maiores trilheiros da atualidade. Aliás, o disco como um todo já pode ser categorizado como um clássico contemporâneo.
Não temo afirmar que, apesar de ter sido um ano fraquíssimo em termos de qualidade nos lançamentos, meu voto como melhor álbum de 2007 vai para este 'Avenged Sevenfold'. Gostei tanto que acabei adquirindo-o original.
Sinceramente, contra o A7X só posso apontar o visual de alguns integrantes um tanto quanto...sei lá como definir. Deixo isso a cargo de vocês pois a mim pouco importa.
O que será que estão aprontando para um futuro que, espero, esteja bem próximo?


PLAY IT TOO LOUD!!!!













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